A Apple apresentou na última terça-feira (10) a linha iPhone 16 de smartphones, mais nova geração de dispositivos móveis da marca. Os quatro dispositivos foram revelados junto de dois novos modelos do Apple Watch e novos AirPods.
Os celulares contam com atualizações pontuais em relação ao lançamento de 2023, incluindo um botão para a câmera, melhorias nos sensores, um novo processador e diferentes opções de cores.
Porém, os iPhones também possuem ausências importantes, como recursos aguardados pela comunidade que ainda não chegaram ou elementos que a Apple escolhe não adotar, apesar de elogiados nos aparelhos das rivais. A seguir, selecionamos alguns deles.
1. Recarga ultrarrápida
O iPhone 16 passou por melhorias na bateria, que ficou maior e mais durável graças ao chip A18 — até 22 horas de reprodução de vídeo na versão convencional. Porém, a recarga do dispositivo ainda tem uma potência que fica atrás das concorrentes.
iPhone 16.Fonte: Apple
O iPhone 16 tem uma recarga sem fio de até 25W (MagSafe) ou de até 45W com um adaptador de energia USB-C. Essa também é uma melhoria, mas parte do público esperava valores mais altos que reduzissem o tempo do aparelho na tomada.
Essa é provavelmente uma escolha da Maçã para preservar a vida útil da fonte de energia: valores como os 120W de marcas como a Xiaomi aumentam o risco de degradar a bateria mais rapidamente, mas a Apple poderia adotar padrões um pouco mais velozes.
2. Touch ID de volta
O desbloqueio da tela no iPhone 16 é feito pelo reconhecimento facial pela câmera TrueDepth, no recurso conhecido como Face ID. Desde 2017, esse é o padrão da companhia, quando ela eliminou o suporte ao Touch ID.
O cadastro do Face ID.Fonte: Apple
Porém, rumores indicavam que a Maçã poderia trazer o desbloqueio pela impressão digital nos novos modelos, seja na tela (como é natural nos dispositivos Android de elite) ou em algum botão físico (como o novo usado para a câmera). Nenhum dos dois virou realidade e o iPhone segue sem essa alternativa adicional de segurança.
3. Taxa de atualização de 120Hz
A Apple precisa manter diferenças entre as versões Pro e convencionais do iPhone 16 para justificar a atualização. Porém, um dos recursos mantidos desagradou parte do público: a tela com taxa de atualização de 60 Hz.
Apesar da expectativa de que a companhia atualizasse para os 90 Hz na variante comum, isso não aconteceu — desapontando usuários mais exigentes que usam o aparelho para consumo de vídeos e games.
A tela do iPhone 16.Fonte: Apple
Nos modelos Pro e Pro Max, a companhia adota a tecnologia chamada ProMotion — que é o nome do recurso de taxa de atualização de 120 Hz para o display.
4. Todas as funções de IA no lançamento
Uma das novidades mais quentes do iPhone 16 é o pacote de ferramentas Apple Intelligence, disponível a partir do iOS 18 e restrito a aparelhos mais modernos da empresa. Porém, o público ficou um pouco desanimado com a confirmação de que boa parte das funções de IA não estará disponível no lançamento.
Apple Intelligence.Fonte: Apple
Os recursos que vão atrasar incluem a repaginação da Siri e a incorporação do ChatGPT no aparelho, além da “leitura” de imagens da câmera Visual Intelligence. Mais ferramentas e idiomas para além do inglês só serão adicionados em 2025, o que pode ter até prejudicado a pré-venda dos aparelhos.
5. Lojas de apps terceirizadas globalmente
A Apple foi obrigada por lei na União Europeia a deixar o consumidor personalizar ainda mais o iPhone. Uma das mudanças geradas foi a liberação para instalar outras lojas de apps no dispositivo como alternativas à App Store nativa.
Essa novidade bastante aguardada pelo público, porém, não apareceu nos novos celulares e deve mesmo ficar restrita à região.
6. Suporte para Stylus ou Apple Pencil
Essa não é uma reclamação comum, mas o iPhone não tem qualquer tipo de suporte para canetas Stylus em geral e o Apple Pencil, que é a linha própria da companhia.
O Apple Pencil.Fonte: Apple
Entretanto, essa possibilidade seria possível: telas grandes de modelos como o iPhone 16 Pro Max já poderiam servir como blocos de anotação ou de desenho, por exemplo, além de facilitar a navegação precisa.
O Apple Pencil, atualmente só compatível com iPads, já tem três gerações principais e ao menos uma delas poderia servir para celulares.