O dia finalmente chegou e os ansiosos por Black Myth Wukong já podem se aventurar com o Rei Macaco pela mitologia chinesa no PS5, Xbox Series X|S e PC. Apesar de ter se envolvido em polêmicas com alguns criadores de conteúdo mundo afora, o game já chegou sentando na janelinha da Steam, tornando-se o maior singleplayer de todos os tempos na plataforma da Valve.
Em apenas algumas horas de disponibilidade, Black Myth Wukong superou números recordes de títulos como Elden Ring, Hogwarts Legacy, Cyberpunk 2077 e até do Counter-Strike 2. No momento da escrita deste texto, o jogo do estúdio chinês Games Science atingiu mais de 2 milhões de jogadores simultâneos na Steam — um número realmente impressionante.
Só para efeitos de comparação, o pico de jogadores simultâneos em Elden Ring é de 953 mil, enquanto Hogwarts Legacy é 879 mil. Mas o fato mais impressionante é que em apenas algumas horas Black Myth Wukong ultrapassou até o maior pico de todos os tempos do CS 2 — que é de 1,8 milhão.
Na mesma categoria, o game chinês só perde para o PUBG, battle royale que tem respeitáveis 3,2 milhões em pico de jogadores simultâneos. Nada mal, hein?
88% dos jogadores simultâneos de Black Myth Wukong são chineses
Quanto ao interesse em específico por Black Myth Wukong, parece que o game está recebendo um grande apoio dos seus conterrâneos. Segundo uma relação publicada no X (antigo Twitter) por Simon Carless, fundador da agência GameDiscoverCo, boa parte dos jogadores simultâneos do game são chineses — que representam 88,1% da fatia.
How China-specific is interest in Black Myth: Wukong? A lot: @GameDiscoverCo‘s current estimate of its Steam country split for players is 88.1% China, 3% U.S., 1.6% Hong Kong, 1% Japan. pic.twitter.com/FeAFn85NBH
— Simon Carless (@simoncarless) August 20, 2024
Enquanto isso, o restante dos jogadores estão baseados nos Estados Unidos (com 3%) e no Japão (com 1%).
Black Myth Wukong mal chegou e já se envolveu em polêmicas
Apesar do sucesso, relatos que circulam nas redes sociais sugerem que a Games Science orientou alguns youtubers e criadores de conteúdo mundo afora a não tratarem sobre alguns tópicos polêmicos nas análises de Black Myth Wukong. Os assuntos eram diversos, mas incluíam temas que vão desde o Covid até “propaganda feminista”.
Uma das pessoas que recebeu essas restrições específicas foi o ex-jornalista da Gamekult, Benoit “ExServ” Reinier — que compartilhou a lista de temas proibidos nas redes sociais. Alguns deles incluem:
- NÃO insultar outros influenciadores ou jogadores;
- NÃO usar nenhuma linguagem/humor ofensivo;
- NÃO incluir política, violência, nudez, propaganda feminista, fetichização e outros conteúdos que instiguem discurso negativo;
- NÃO usar palavras-gatilho como “quarentena”, “isolamento” ou “COVID-19”;
- NÃO discutir conteúdo relacionado às políticas, opiniões, notícias, etc. da indústria de jogos da China.
even if you were some weird right winger that was like “yeah fuck woke” I’m pretty sure you’d still get got cuz these are the most insane guidelines I’ve ever seen pic.twitter.com/GvCUzG8cyM
— Jason (@envinyon) August 17, 2024
Aparentemente, nem todos receberam essa mesma lista de restrições. As exigências atribuídas ao Kotaku, por exemplo, eram algumas orientações tradicionais que qualquer um recebe quando faz uma review de jogo — como não dar spoilers sobre a trama e não abordar cenas específicas. Portanto, ainda não ficou claro o motivo dessas pessoas selecionadas receberem essa lista de temas proibidos.
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