Com seu lançamento no exterior em dezembro de 2023, o Pulse Explore abriu as portas dos periféricos da geração do Playstation 5. O modelo foi seguido da versão parruda dos fones, o Pulse Elite, que acabou chegando somente dois meses depois, lá em fevereiro.
Com um leve atraso aqui no Brasil, ambos os fones deram as caras aqui no Brasil durante o mês de junho. Após colocarmos as mãos no modelo mais potente, a Playstation nos mandou para testes sua versão compacta do que eles chamam de “a nova era do áudio nos videogames”.
Mas será que o Pulse Explore é tudo isso mesmo? Vale a pena comprar o fone de ouvido ao invés de outro modelo sem fio? A gente vai te explicar agora na review do produto.
Design e embalagem
Logo ao abrir a caixa do Pulse Explore, você já dá de cara com seu pequeno case de 8,5 centímetros com um minúsculo símbolo da Playstation no cantinho, além de uma entrada USB-C para carregamento. Ao contrário de outros fones no mercado, este aqui não possui tampa com dobradiça.
É só arrastar a parte branca para o lado esquerdo e voilà: lá estão os fones. Logo de cara, o que chama a atenção nos earbuds não é só o design esquisito, mas seu tamanho fora do comum. Ao se comparar lado a lado com um Redmi Buds 3 ou um JBL Tune 215, você percebe bem a diferença (que aliás, as duas caixas lado a lado são quase do mesmo tamanho do case da Playstation).
Conteúdo da caixa:
- Fones de ouvido sem fio PULSE Explore;
- Estojo de recarga;
- Adaptador USB PlayStation Link;
- 6 pontas auriculares para fones de ouvido;
- Cabo USB-C.
Com um corpo de plástico bem resistente tanto no case quanto no fone, será difícil de serem arranhados caso você guarde num bolso com chaves ou numa mochila. Na caixa, além do cabo USB para carregamento, vem também um dongle para que você use o Playstation Link, tecnologia que ajuda a evitar atraso de latência durante sua jogatina.
Como todo fone interauricular, a caixa também inclui seis almofadas para que você ajuste o tamanho de acordo com a sua orelha. Como eu sou orelhudo, bora de almofadinha grande. Eu vou confessar para vocês que na orelha eles não ficam muito bonitos: levei um tempo até descobrir a posição certa de encaixe.
Ambos os fones possuem botão de volume na parte de cima e um botão para emparelhamento e energia. Ao contrário do Pulse Elite, é bem mais fácil abaixar e aumentar o volume no Explore, o que para mim é um ponto positivo.
Ao contrário do deadset da PlayStation, os fones compactos não possuem um botão para se mutar, tendo que fazer isso no próprio Dualsense, o que convenhamos: é bem mais fácil considerando o tamanho do fone.
Usabilidade
Com conexão Bluetooth 5.0 para dispositivos móveis, é possível conectá-lo a celulares e computadores como qualquer fone Bluetooth. No caso do Explore, basta segurar o botão para emparelhar por 8 segundos. Para jogar com latência ultrabaixa, é preciso usar o dongle do Playstation Link, que realmente serve seu propósito: ele ajuda a jogatina para que nenhum atraso aconteça, independente do que você estiver jogando.
O som do PULSE Explore me surpreendeu bastante. Os drivers magnéticos realmente fazem uma diferença enorme quando o fone é usado no Playstation 5. Testei ele jogando Prince of Persia: The Lost Crown e Alan Wake 2, sem mexer nas configurações do fone, e o som é bem limpo e detalhado. Falando em configurações, ao pressionar três vezes o botão para emparelhar, abre-se um menu para que você escolha a melhor equalização de som, variando entre graves, agudos, médios e altos. Já existem três opções prontas e duas que você pode equalizar de acordo com seu gosto.
Assim como no Pulse Elite, o áudio 3D também está presente, dando mais imersão ao gameplay devido aos alto-falantes planares magnéticos. Um adendo: esse recurso 3D não está disponível em todos os jogos, então pesquise antes de jogar.
Embora seja possível usá-lo em celulares e computadores, assim como o Pulse Elite, eu não o recomendaria para este tipo de uso. Embora seja bem simples de conectar, você terá que fazer tudo pelo celular ou PC: abaixar ou aumentar volume, pausar música, pular para a próxima faixa. Nada disso é possível pelo fone. Todo aquele som incrível que você ouve no Playstation 5 simplesmente some ao serem conectados a outros aparelhos, parecendo um fone comum que você ganhou numa quermesse.
Quer dizer que ele é ruim? Longe disso. Para jogar, o fone é ótimo! E só. Espero que futuramente a Sony lance um aplicativo para que você possa equalizar o som do jeito que quiser em dispositivos móveis, afinal, diversos fones da marca têm essa funcionalidade. Eu não sei o quão complexo é fazer isso, mas fica a dica para a empresa.
Graças ao Bluetooth 5.0 e ao Playstation Link, é possível jogar e usar o fone no celular ou computador ao mesmo tempo, caso você queira ouvir um áudio no WhatsApp ou assistir a algum vídeo de tutorial de fase.
Conectividade:
- Conexão PlayStation Link™ para:
- PlayStation5
- PlayStation Portal™
- PC/Mac
- Bluetooth 5.0 para celulares
Assim como o Pulse Elite, eu tentei usá-lo no Xbox e, para a surpresa de todos, eles não se conectaram, veja só! (Aliás, dona Xbox: se quiser mandar algo para teste, estamos aqui, viu?)
Embora o microfone tenha um cancelamento de ruído aprimorado por IA, assim como no Elite, eu não senti muita diferença em relação a um microfone comum de fone de ouvido. Sei que a IA ajuda a cancelar ruídos externos, porém a voz também fica enlatada.
Bateria
Quanto à bateria, no próprio site da PlayStation é dito que o fone aguenta cerca de 5 horas de jogatina direta, e realmente: falou e disse. Comecei a jogar Prince of Persia às 20:45 da noite e a bateria dos fones só acabou por volta das 02:10 da madrugada, com um leve apito avisando que a carga estava terminando.
Ao guardá-los na caixa, foi questão de quase uma hora para que eles estivessem carregados 100%. A Sony promete 10 horas de duração de bateria do case, que só precisei carregar uma vez em duas semanas de uso, levando somente meia hora para ser carregado 100%
Vale a pena comprar?
Em marketplaces online, você encontra o PULSE Explore custando entre R$ 1.100 e R$ 1.300, um pouco mais caro que o Pulse Elite, que já é um ótimo fone. Sinceramente, não entendi o valor exorbitante, já que, se fosse escolher entre um e outro, eu iria de headset.
Não é barato, porém é perceptível que esse fone foi pensado para ser usado em conjunto com o PlayStation Portal, o “portátil” da PlayStation. O fone é especialmente bom se você estiver jogando deitado ou precisar retirar algum deles da orelha para responder alguém que te chamou.
Se você tiver dinheiro sobrando e quiser jogar de um jeito mais “livre”, entre muitas aspas, vale a pena pela qualidade de áudio ao jogar. Só não esqueça que em celulares e computadores não é possível controlar nada pelo fone, mas nada que uma atualização futura não resolva. Afinal, aposto que você comprou esse fone para jogar e não para trabalhar, né?
E aí, qual sua opinião sobre o fone de ouvido da PlayStation? Vai migrar para o Pulse Elite ou ficar no modelo 3D? Comente nas redes sociais do Voxel!