O cosmos representa tudo que existiu, tudo que existirá e até tudo que nunca existiu. Por exemplo, muitos cientistas afirmam que, antes do Big Bang, não existia nada na forma que conhecemos atualmente. Apesar de o Big Bang representar uma explosão gigantesca que inflou, esquentou e esticou o universo, a expansão aconteceu lentamente durante os últimos 13,7 bilhões de anos.
Infelizmente, os astrônomos, astrofísicos e outros especialistas da área não puderam observar exatamente o que aconteceu durante o Big Bang; as únicas evidências observáveis são o ‘eco’ dessa expansão contínua causada pela explosão.
Além disso, os pesquisadores também debatem o tema por meio de hipóteses e modelos matemáticos, mas a realidade é que não sabemos exatamente o que aconteceu — afinal, ninguém estava lá para assistir ao espetáculo.
O atual consenso aceito pela comunidade científica é justamente a teoria do Big Bang, mas, antes de ser adotada como a hipótese principal para entender como o cosmos foi criado, a teoria foi debatida e não aceita por quase um século. Conforme os pesquisadores explicam, tudo que está ao nosso redor e até as leis físicas do universo foram criados após a explosão massiva que aconteceu no início de tudo.
“O modelo do Big Bang é uma teoria amplamente difundida da evolução do universo. A sua característica essencial é o surgimento do Universo a partir de um estado de temperatura e densidade extremamente elevadas — o chamado Big Bang, que ocorreu há 13,8 mil milhões de anos… Segundo o modelo do Big Bang, o Universo expandiu-se rapidamente a partir de um estado altamente comprimido e primordial, o que resultou em uma diminuição significativa na densidade e temperatura”, é descrito na enciclopédia Britannica.
Como já foi citado no texto, o Big Bang é a teoria mais aceita pela comunidade científica, mas isso não quer dizer que não existam outras hipóteses. Inclusive, alguns investigadores tentam explicar o início e a expansão do cosmos por meio de outras conjecturas. Para compreender melhor o que é a teoria do Big Bang, reuni informações de astrônomos e outros especialistas da área. Confira!
O Big Bang realmente foi uma explosão?
Apesar de a maioria das pessoas citar o Big Bang como uma súbita liberação massiva de energia que iniciou tudo que conhecemos, o fenômeno pode não ter sido exatamente uma explosão. Se pensarmos no sentido tradicional da palavra explosão, com faíscas e fogo, não foi isso que aconteceu.
Na realidade, os pesquisadores explicam que o espaço começou a se expandir a partir de um estado quente e denso, mas depois esfriou e permitiu a formação de tudo que conhecemos hoje. Mas o que é a teoria do Big Bang?
Criada originalmente pelo astrônomo e padre belga Georges Lemaître em 1927, a hipótese recebeu mais suporte após as observações de Edwin Hubble em 1929 — o Telescópio Espacial Hubble foi nomeado em sua homenagem. O nome Big Bang foi cunhado ‘acidentalmente’ pelo astrônomo inglês Fred Hoyle durante uma entrevista para a rádio BBC e, desde então, tornou-se conhecido por grande parte da humanidade.
A inflação cósmica é um conceito utilizado para explicar a rápida expansão exponencial do universo logo após o Big Bang.Fonte: Getty Images
Em frações de segundo, aproximadamente 10^-32 de segundo, o Big Bang iniciou uma inflação violenta responsável por criar todas as leis físicas do nosso universo, bem como todas as estrelas, planetas, satélites e outros objetos cósmicos.
Quando essa inflação terminou, a matéria e a radiação começaram a povoar o cosmos com partículas, átomos e outros ingredientes necessários para os blocos de construção da matéria — e, consequentemente, para o desenvolvimento da vida.
Uma viagem pelo tempo cósmico
Todos os processos descritos aconteceram apenas no primeiro segundo, em um período em que a temperatura alcançava até 5,5 bilhões de graus Celsius. A ‘sopa’ que restou da explosão resultou na liberação de elétrons, o que permitiu um brilho residual do Big Bang, fenômeno conhecido como radiação cósmica de fundo em micro-ondas (CMB). Este é um dos principais indícios para a teoria, porém não é o único.
“Além de considerar a presença de matéria comum e radiação, o modelo prevê que o universo atual também deveria estar repleto de neutrinos, que são partículas fundamentais sem massa ou carga elétrica. Existe a possibilidade de que outras relíquias do universo primitivo possam eventualmente ser descobertas”, a enciclopédia Britannica conclui.
A partir de cálculos matemáticos, testes teóricos e experimentos em aceleradores de partículas, os cientistas conseguiram criar uma linha do tempo que mostra o que provavelmente aconteceu até a evolução atual do cosmos. No entanto, é importante destacar que a teoria continua sendo estudada para verificar sua assertividade, mas ainda faltam algumas peças nesse quebra-cabeça.
Fique por dentro de mais curiosidades sobre espaço e astronomia aqui TecMundo. Se desejar, aproveite para saber também, 5 fatos fascinantes sobre a teoria do Big Bang. Até a próxima!