Fazer uma viagem para o espaço pode ser menos glamouroso do que você pensa! Devido à baixa gravidade, diversos mecanismos biológicos do nosso corpo ficam confusos, gerando reações que podem ser um tanto quanto desconfortáveis.
Os efeitos podem durar meses após o retorno à Terra e pode ser um desafio se ajustar por aqui novamente. Você consegue imaginar quais são esses efeitos e como os astronautas lidam com eles? Conheça os principais efeitos colaterais das viagens espaciais!
O preço de uma viagem espacial poder ser bastante caro se você não estiver bem preparado!Fonte: Getty Images
Flutuando no espaço!
Ser astronauta não é uma tarefa fácil. Além de formação acadêmica, eles precisam passar intensa preparação física e psicológica antes de serem escolhidos para as missões espaciais. Toda essa preparação tem um motivo e está ligado as belas imagens que invejamos ao vê-los flutuando ou dando uma volta pelo lado externo da estação espacial.
Em viagens em que há diferença de pressão no ambiente podem causar um leve desconforto nos ouvidos.Fonte: GettyImages
Nosso corpo nasceu, cresceu e se desenvolveu em um ambiente com gravidade e uma pressão relativamente constante. Quando somos expostos a ambientes em que esses fatores são diferentes, nosso corpo começa a sentir alguns efeitos estranhos.
Por exemplo, quando você desce a serra do mar ou então viaja de avião, sente nos seus ouvidos a diferença de pressão. Já imaginou isso nas proporções de uma viagem espacial? No espaço os efeitos da gravidade são menores e ao invés de pressão, temos vácuo. Uma dupla infalível para gerar efeitos biológicos bastante devastadores se não houver cuidado!
O lado nada legal das viagens espaciais
As fotos instagramáveis nas janelas da Estação Espacial Internacional (ISS) podem esconder uma realidade brutal. Entenda o lado que o faria desistir de ser astronauta.
Onicólise
Sim, as unhas caem! Se você gosta de unhas feitas e em bom estado, melhor pensar em outra carreira. Todo traje espacial deve ser pressurizado, inclusive as luvas. Essa pressão extra nas mãos gera menos mobilidade dos dedos e pontos de pressão nas unhas, que ocasionam sua queda.
As unhas podem não resistir já à fase de treinamento.Fonte: Getty Images
Perda muscular e óssea
A vida flutuando no espaço pode causar uma perda muscular significativa, assim como o enfraquecimento dos ossos, devido à reabsorção de cálcio.
Nossos músculos se mantém fortes, pois, exigimos que eles funcionem constantemente sustentando nosso corpo, mas em microgravidade isso e menos necessário, por isso, gradualmente vão perdendo força pelo desuso.
O mesmo acontece com os ossos. Há estudos que relatam que em um período de 6 meses, tempo máximo de missão, os astronautas podem perder até 10% de massa óssea!
A perda muscular e óssea sempre irá ocorrer.Fonte: Getty Images
Distúrbios de equilíbrio e propriocepção
Ficar rodopiando no espaço pode não ser tão legal para o seu cérebro. Depois de um certo tempo flutuando no espaço, os sistemas responsáveis por nossa orientação e equilíbrio ficam “bagunçados”. Sem um real sentido de em cima e embaixo, você pode ficar desorientado quando voltar para o solo.
Não é incomum que os astronautas precisem ser carregados após seu retorno à Terra.Fonte: Bill Ingalls/ NASA/ Handout/ Getty Images
Outro acontecimento comum, é os astronautas esquecerem que não estão em microgravidade e soltarem objetos no ar, esperando que eles não caiam. Mas de volta à Terra, a gravidade fará seu papel de espatifar xícaras no chão.
Outros pequenos empecilhos
Muitos astronautas relatam verem flashes de luz, sofrerem com privação do sono, queda de imunidade, excesso de idas ao banheiro, diminuição de paladar, entre tantos outros problemas. Além disso, eles podem permanecer por meses em isolamento, o que gera uma alta sobrecarga psicológica.
Mas há uma vantagem, você pode crescer um pouquinho. Porém, volta ao tamanho normal depois de alguns meses em solo.Fonte: Getty Images
Apesar de ser a profissão dos sonhos de muitas pessoas, ela também reserva partes desagradáveis, entretanto com certeza, são superadas por aqueles que a praticam. E você, aguentaria passar por esse desafio?
Ficou com alguma dúvida, sobre os efeitos das viagens espaciais no corpo dos astronautas? Conte para gente em nossas redes sociais e aproveite para compartilhar a matéria com seus amigos!